O momento atual é marcado pela instabilidade internacional, onde palavras como pandemia e, até mesmo a ameaça de guerra nuclear, estão presentes 24 horas por dia. Três anos atrás este cenário era impensável.
Entretanto, as notícias preocupantes que encontramos não são suficientes para abalar a confiança dos consumidores portugueses: sete em cada dez deles vão fazer compras por comércio digital até o final do ano. Os números estão em um estudo feito pela Google Portugal.
O outono chegou ao lado de uma visível instabilidade económica. Mas o consumidor já aguarda ansiosamente a chegada de eventos promocionais, como o Black Friday e Cyber Monday.
Para os empresários, as intenções de compra, notadamente as digitais, o já famoso e-commerce, fazem aceder a um mundo novo e ilimitado, com possibilidades de vendas também a passos largos. Os que antecipam-se aos demais, e vislumbram lucros a partir do investimento em novidades tecnológicas, já arrancaram nesta direção.
Cyber-consumidor
Outros números da Google Portugal, que jamais podem ser ignorados pelos empresários, são reveladores quanto ao comportamento do consumidor. O mesmo estudo aponta que 59% dos clientes buscam informações online antes de efetuar a compra. O que isto significa?
Que além do investimento em material humano, e no produto que vende, o empresário deve ter ferramentas digitais que atendam à exigência cada vez maior do consumidor. Quem não der ouvidos a isto, provavelmente vai lamentar a perda de espaço no mercado.
Muitas das compras, óbvio, são feitas presencialmente. Outras tantas já são em formato e-commerce e a tendência é que as lojas virtuais ganhem cada vez mais espaço na preferência geral e em velocidade compatível com os melhores motores de busca da internet.
Afinal bastam alguns cliques no telemovel e a compra está feita. E mais: fora mesmo do país, clientes de outras nacionalidades são cada vez mais atraídos pelos produtos portugueses.
Os consumidores digitais estão a crescer e isso é uma realidade tão certa quanto o sol do amanhã. Para o International Passport e Eurostat, em Portugal, até o último dia de 2022, serão 67% os clientes do e-commerce, contra 62% do ano passado.
As vendas do retalho, aliás, através do canais virtuais, são apenas 8% no país, ao contrário de Espanha e Reino Unido, com 12% e 30%. Mais um motivo para aderir de vez ao e-commerce: apenas 8% dos empresários portugueses usam a tecnologia aliada a pessoal qualificado e produtos diferenciados.